Verão, por que tardas a chegar?

Estou presa ao frio que atormenta,
Que gela a alma e me faz silenciar,
Neste espaço que tua luz lamenta,
Ansiando o brilho que vem me salvar.

Quero o mar, a praia, o sol a brilhar,
E a filosofia que à sombra se desfaz,
Sentir teu calor em minha pele fria,
Reviver o fervor que teu abraço traz.

Quero pedalar ao vento da manhã quente,
Com a face radiante, cheia de alegria,
Explorar horizontes vastos, sem barreiras,
Sem o frio cortante a me roubar a energia.

Quero você queimando minha pele, neste dia incerto,
Deixando marcas que o sol em mim desenha,
Na cor trigueira que só o verão desperta,
Num calor que persiste, num carinho mútuo que se revela.